sexta-feira, 15 de junho de 2012

Diário de Bordo, DR. Mequetrefes, Maria Pramais de Metro


Enquanto andava no corredor do HGU junto com a companheira Giselda Espoleta escutavamos palavras de apoio do companheiro Juliano, meu coração batia forte, fiquei nervosa, com uma duvida de como seria. Então antes de entrar na enfermaria um senhor me passou um olhar e um sorriso tão sincero que me deu forças e percebi que valeu muito a pena ter esperado este momento e hoje estar fazendo o curso de medicina. Em cada rosto diferente conheci olhares, brincadeiras, abraços e sorrisos que me trouxeram uma felicidade imensa. Ri muito com a Giselda Espoleta, seu sobrennome faz jus a ela hehehe.


Bem, tenho muito o que aprender e estou disposta a entrar cada vez mais no jogo. 

Beijos para todos! 
Maria Pramais de Metro  =)      
Cuiabá, 04/06/2012                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                              


segunda-feira, 11 de junho de 2012

Diário de Bordo, Zucrêida Carmitinha


Essa semana começou massa de mais. Recebi a notícia de que os Mequetrefes iriam entrar em ação. Meu dia de intervenção seria na quinta-feira, porém, mais rápida que o Flash, resolvi desobedecer a ordem suprema mequetréfica, e vim parar na terça-feira (penso que foi por medo).
Cheguei no HGU com minhas melhores companheiras do mundo todo, Lady Brigadeiro e Chiquinha Chicosa. Estavamos todas muito nervosas, eu principalmente. Vestimos o nosso palhaço na biblioteca do hospital, e subimos pra pediatria. Estava muito preocupada, criança nunca foi meu forte... foi então que, na metade da rampa Michely (Chiquinha) pediu para que a gente parasse. Buscamos nosso olhar mais brilhante, lembramos que “o menos é mais”, e de que “eu recebo aquilo que eu dou para o jogo”. A partir daí eu senti que estava no picadeiro... o frio na barriga aumentou gigantescamente, e a vontade de dar tudo de mim nesse jogo também!!!
Terminamos de subir a rampa e já fomos pro balcão da pizzaria (postinho de enfermagem). Perguntamos pra enfermeira dos quartos onde as crianças ficavam, e confundimos “direita com esquerda” (detalhe que a Zuzu aqui não sabe a diferença).
 A primeira criança que visitamos foi o Renato. Ele tinha feito uma cirurgia, e me emocionei quando entramos, ele sorriu, e sua mãe disse: “é o primeiro sorriso dele depois da operação”. Em outro quarto escutamos o miado de um gato, depois que Lady Brigadeiro examinou uma criança,... só não foi mais divertido pra mim porque me ocupei, nessa hora, com outra criança, de um outro quarto, que insistia por pedir o meu nariz (ele não se conformou com a história de que eu tinha nascido com o nariz vermelhinho, mesmo!...).
Bom, a intervenção foi maravilhosa, mas não seria tão boa sem as melhores companheiras... agradeço a Lady e a Chiquinha (“Ei...! Por acaso tá escrito PALHAÇO aqui na minha testa??”).
Obrigada, Jesus, por esse dia!!

Bjos, até mais!
Zucrêida Carmitinha. 

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Doutores Mequetrefes - Rita Risada 04/06/2012


Querido Diário de Bordo

Eba, olha quem está de volta??? Ahhhh você não sabe ainda??? RITA RISADA!!!
Era segunda feira a tarde quando chegamos ao hospital HGU cheios de ansiedade vontade e um tantão de medo. Depois de tanto tempo findado o curso, finalmente a intervenção no setor chegou. Eu sentia um frio na barriga imenso, não queria transparecer porque meu parceiro também estava apreensivo, então resolvi gerar a maior confiança que eu podia e deixar rolar.
Nossa preparação foi um pouco mais demorada por estarmos fazendo tudo pela primeira vez, maquiamos, colocamos nossas roupas e eu reli “A poética do palhaço”.
Deixamos nossos narizes abaixados até o momento exato de iniciar no setor.
Geramos energia subimos o nariz e batemos à porta do primeiro quarto. Foi então que Juju Gordelícia entrou em ação e de repente tínhamos um clown GRÁVIDO, o setor de nossa atuação era o de Ginecologia e Obstetrícia, portanto ele fez o maior sucesso. Eu tive muita dificuldade pelo fato de ter feito a escolha de não falar naquela atuação, testar como seria pra Rita Risada a mudez, o que ela iria sentir, porque talvez pra ela fosse melhor mais expressivo não haver a fala, mas o que sentimos juntas, eu e ela ali naquele momento de atuação, foi FALTA. Realmente valeu de experiência porque passei a conhecer um pouco mais das necessidades do meu clown, um pouco mais dele em mim, através da ausência de palavras ditas ao mundo ela dizia a mim que queria falar.
O olhar foi algo bem interessante porque pude perceber como é mais difícil manter a energia e transmiti-la quando estamos no ambiente hospitalar e os pacientes não estão envoltos na mesma sintonia conosco. Agora refletindo sobre a intervenção percebo como é importante esse diário de bordo, porque estou compreendendo agora algumas coisas que não tinha parado pra pensar, como por exemplo, a tendência é acreditar que estamos ali pra “alegrar”, mas muitas vezes vamos ser um acompanhante silencioso atento trazendo PRESENÇA a um momento. Sei que foi exatamente isso que aprendemos e que fomos preparados pra isso no curso, mas na atuação no picadeiro isso é tão sutil que eu não soube perceber.
Enfim a experiência foi muito proveitosa, pra mim com o meu clown e nós com o público, pude perceber mais da intimidade e das necessidades da Rita Risada.
Com relação às pacientes encontramos algumas receptivas, algumas menos interativas, cada uma a sua maneira. Percebi que conseguiram aproveitar nossa presença pra sair um pouco da rotina e permitir-se um sorriso um suspiro descontraído aliviado.
Saímos num clima delicioso de vontade. Onde havia medo agora há imensa vontade e a certeza de que o mundo clownesco é uma caixa de surpresas e de dentro dessa caixinha pouco o que irá surgir porque tudo o que dela sair será maravilhosamente mágico e perfeito. Será Clown.
Agradeço ao meu melhor companheiro do mundo, do universo, Jurandir Gordelícia, e aos meus MELHORES COMPANHEIROS da galáxia, Doutores Mequetrefes.


Doutores Mequetrefes - Giselda Espoleta 04.06.2012


                                                 Meu querido companheiro, que saudade que eu estava de você!
     Hoje foi minha primeira intervenção no hospital HGU, uma grande ansiedade e o medo por não saber o que fazer me dominavam. Eu estava sentindo uma sensação estranha, ao mesmo tempo em que estava com medo de não agradar o publico, eu queria muito entrar em contato com eles... nossa, quantas borboletas no estomago!
     Após subir a máscara, tudo se transformou, aquele medo passou, eu estava disposta para tudo que viesse, para qualquer jogo. Ao sair andando pelos corredores, cada sorriso que eu recebia das pessoas me davam mais energia. Descobri que é o próprio público que irá me dar o jogo, eu que tenho que ter a atenção para não perder o que me é oferecido.
     Confesso que fiquei perdida algumas vezes, sem saber qual atitude tomar diante de algumas situações. Graças a minha companheira (Maria pra mais de metro) conseguimos jogar todos os jogos, fomos até convidadas para um casamento. Um senhorzinho super alto astral tinha como acompanhante uma mala preta que tinha 26 anos, adorei. Minha felicidade foi a 100% quando passei pela recepção, vi uma secretária que estava toda concentrada fazendo anotações e com cara de brava, me escondi atrás do balcão e fiquei tentando chamar sua atenção, quando ela me viu, assustou e começou a dar risada, que sorriso lindo ela estava escondendo.
     Bom querido diário de bordo, fico feliz em revê-lo, hoje mais do que nunca sei o quanto valeu a pena esperar pela faculdade, por esse curso, agradeço ao meu Deus por não ter me permitido desistir. Espero aprender mais e mais a cada dia, estarei aqui disposta e com meu olhar mais brilhante, e claro, ao lado dos melhores companheiros do mundo!
     Beijos com gosto de brigadeiro da Giselda Espoleta.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

ClownsPiauí - Chico Pitchula, 28.11.2011

Querido companheiro,

Hoje foi a minha primeira atuação no Hospital Infantil Lucídio Portela, em Teresina, também conhecido como HILP.
Revelo que foi meio estranho o início. Entro neste hospital toda semana para assistir aula, mas neste dia ele me pareceu mais bonito, mais atraente e com uma simbologia maior.
Confesso que a transformação no meu clown foi muito mais encantadora: a roupa, o nariz e a maquiagem possuiam um quê inexplicável que me moviam, desafiavam-me e diziam para que eu me esforçasse ao máximo.
A minha parceira neste dia foi a Violeta Chapelão, mas no meio daquela folia ela era a minha Violetinha. Tínhamos tanto em tão pouco tempo... A minha melhor companheira do mundo arrasou...
A nossa entrada não foi triunfal, mas foi mágica. Subimos uma rampa de acesso cantarolando músicas que não lembro nesse momento, só sei que cantávamos...
Logo que chegamos na enfermaria, as enfermeiras nos receberam com agrado, mas boquiabertas em ver aqueles dois, com suas maquiagens, seus narizes e seus espíritos alegres.
Foi muito bom ser recebido pelas crianças, embora algumas tivessem receios diantes as nossas figuras. Porém, não tardou muito para que a maioria se juntasse às brincadeiras, às danças - especialmente o KUDURO, ao tocador de balão - especialista em acalmar crianças no aerossol, à cadeira de fórmula 1 - que levou inúmeros a andar pelos corredores do hospital e, não posso esquecer-me, da transformação da Violetinha em bomba de encher balão; isso encorajou o Antonio a encher o dele com mais  força e precisão, embora ele estivesse fraquinho pela sua doença.
Impossível esquecer algumas coisas e nomes: Antonio, Mateus, moça da Limpel dançando KUDURO por 2 vezes, Violetinha levando o vigia pra dançar forró, a coreografia feita com as mães dos pacientes e os olhares e os sorrisos de quem queriam participar, porém não podiam devido a enfermidade que possuíam ou porque não se entregaram ao jogo.
Depois de tudo, na hora da nossa saída, descendo a rampa de acesso, fomos perseguidos por 3 menininhas. Nos escondemos e aplicamos a técnica do ENCONTRÃO. Resultado: susto e risos, e um pedido para que retornassem para suas mães e se comportassem direitinho. Garotas obedientes!
No momento de tirarmos o clown, um peso abateu-me. Era uma mistura de cansaço e vontade.
No fim de tudo, O CANSAÇO LEVOU-ME PARA CASA E A VONTADE CONTINUA ESPERANDO O PRÓXIMO ENCONTRO.

Atencioamente,

Chico Pitchula.